Com a cabeça fresca, me sento para escrever todos os dias.
É a primeira coisa que faço.
Antes de vender minhas horas para meu patrão,
me dedico a construir algo que de fato é meu.
Onde eu sou dona e livre.
Duas ou três sessões de vinte e cinco minutos.
Um tempo pra mim, sem distrações.
Eu e a tela em branco, sem julgamentos,
sem pressões, sem metas a bater.
Tudo bem se sair um parágrafo,
tudo bem se sair três páginas.
Sem pressa.
Aqui tudo posso, inclusive mudar de ideia.
Corpo e espírito como qualquer ser humano,
luz e sombra como qualquer ser humano…
A escrita é o meio pelo qual trabalho e
desenvolvo meus pensamentos e emoções.
Dou meu melhor, mas não obrigo ninguém a ler.
Sem obrigação de agradar, viralizar ou vender,
me sinto livre.
Não quero convencer ninguém à nada
e também não devo nada a ninguém.
A paciência que tenho em meu processo de aprendizado,
diz do tamanho e da profundidade do amor que tenho comigo.
Deus, se me deste o poder da palavra,
missão e desafio, sê-de comigo neste momento.
Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra.
Estou aberta a ouvir.
Que meus guias nesse momento se aproximem de mim
e usem do meu corpo para se expressar.
Olhos e ouvidos atentos,
corpo relaxado, ombro encaixado, mandíbula solta,
respiro fundo, estou presente.
Podemos começar.