Se eu quiser falar com Deus…

Uma introdução ao pensamento místico individual

Eu tenho um vício de escrita que é sempre começar meus textos com indicações temporais. “Quando eu era criança,” “Desde os 17”, “De três anos pra cá”.

Talvez seja pra demarcar que tudo que escrevo é profundamente pessoal e não se pretende verdade absoluta, talvez seja só uma pobreza de estilo mesmo.

Geralmente eu primeiro conto pro leitor de uma forma quase literária o que se passou comigo “há x anos ou meses atrás” e depois trago as minhas reflexões, numa forma de escrita que não é nem literatura nem filosofia.

E lá se permitem ser filósofos aqueles que não tem diploma e escrevem de maneira simples?

A metalinguagem é outro traço marcante – e chato – dos meus textos. Acho que é a culpa, ou a vergonha, se manifestando. Típico de quem tem muito pra dizer e não se sente merecedor de botar pra fora; aí fica se justificando sempre, pedindo autorização pra escrever.

Autorização pra quem, aliás?

Se na literatura um bom personagem é aquele cheio de camadas e contradições, na internet é o contrário. Gostam que a gente seja uma coisa só, fale de uma coisa só. Foque em um interesse e um “nicho de mercado”, produza “conteúdo” para o “funil de vendas”, hahaha.

Por essa lógica, eu jamais poderia fazer um site que falasse ao mesmo tempo de arte, processos criativos, mercado de trabalho, política… e espiritualidade.

Gostam de ver o mundo em caixinhas. Já eu gosto de ver tudo como parte de uma coisa só. Inspirada em Hermes Trismegisto, acredito que “o que está em cima é como o que está em baixo” e vejo simetrias em coisas que aos olhos de muitos são completamente díspares, imiscíveis feito água e azeite.

Pra te explicar meu pensamento, vou ter que te contar a minha história, ainda não sei fazer de outro jeito. Mas esse é apenas o terceiro post desse blog, tô aprendendo…

Criar meu web site, fazer minha home-page.. Com quantos gigabytes se faz uma jangada, um barco que veleje? Um barco que aproveite a vazante da infomaré, que leve um oriki do meu velho orixá ao porto de um disquete de um micro em Taipé”

(Pela internet – Gilberto Gil)

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